Georgia
Um ator atormentado mergulha num ritual solitário para exorcizar um personagem cujas falas não consegue decorar. Ao desafiar o próprio cansaço existencial, quem de fato ele tenta expurgar? Um experimento narrativo sobre a ruminância emocional e os limites tênues entre ator, atuação e personagem.
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F. Monteiro JúniorDirector
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F. Monteiro JúniorWriter
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Regina FrançaProducer
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F. Monteiro JúniorProducer
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Marcel JulianKey Cast"an actor"
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Weslley OliveiraCinematography
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Matheus VilarindoEditors
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F.` Monteiro JúniorEditors
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Matheus VilarindoOriginal music
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Project Type:Short
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Genres:Drama, Horror
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Runtime:20 minutes
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Completion Date:April 3, 2025
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Country of Origin:Brazil
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Country of Filming:Brazil
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Language:Portuguese
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Shooting Format:Black Magic 4k 24fps Pro Rés HQ
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Aspect Ratio:2:35
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Film Color:Black & White and Color
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First-time Filmmaker:No
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Student Project:No
Distribution Information
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Doroteu FilmesDistributorCountry: BrazilRights: All Rights
F. Monteiro Júnior é um cineasta brasileiro nascido no Piauí, reconhecido por sua linguagem cinematográfica apurada e por superar as próprias limitações motoras como pessoa com deficiência (PCD) para refletir sobre, ensinar e fazer cinema. Aos 15 anos, estreou na literatura com o romance policial As Sete Vidas do Gato (1998), publicado por meio da Lei A. Tito Filho de incentivo à cultura local. A obra foi seguida por A Obscuridade Humana (1999), lançada pela Editora da Universidade Federal do Piauí (EDUFPI), e O Confidente (2003), que lhe rendeu o Prêmio Fontes Ibiapina de Romance, da Fundação Estadual de Cultura e Esporte do Piauí (FUNDEPI), em 2001. Sua incursão no universo audiovisual começou em 2004, com a escrita e direção do média-metragem No Meio do Caminho, produzido em parceria com amigos. Desde então, assinou obras como o curta-metragem de suspense Insone (2005), premiado como Melhor Filme no Piauí Festvideo; o docudrama Dona Maria (2010), um olhar sensível sobre a solidão e o abandono na velhice; e o longa-metragem Qualquer Hora Dessas (2012), vencedor dos prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Atriz no Encontro Nacional de Cinema dos Sertões. Em 2017, dirigiu o curta-metragem documentário Estado da Arte [Adriano Abreu], que recebeu prêmios de roteiro e fotografia. Já em 2023, lançou Estalos, contemplado pelo primeiro edital de cinema do Estado, promovido pela Secretaria de Cultura do Piauí (Secult-PI). O filme conquistou amplo reconhecimento, somando 13 prêmios desde 2024 em festivais nacionais e internacionais. Além de cineasta e escritor, F. Monteiro Júnior é graduado em Psicologia e Jornalismo, possui Mestrado em Literatura e atuou como crítico de cinema entre 1999 e 2014 para jornais impressos e online. Desde 2006, ministra oficinas de cinema, contribuindo para a formação de novos talentos na área.
“Georgia” é um exercício narrativo de linguagem e atuação. Ou quando o ator em si é a bússola estética da construção dessa linguagem, do enquadre ao ritmo. Performance em fusão. Atuar foi proibido. No caos do processo e da exaustão, as brechas emergem e se confundem. Se o ator não finge, o corpo entrega a mente — ou entrega a arte? Quem está ali? O ator ou o personagem? Talvez o próprio conceito de “ator” colapse com o cansaço do ser humano que veste a persona. Quem está ali? O ator despido do personagem? O personagem emergindo do ator? Ou apenas alguém — alguém em estado bruto, atravessado por vozes, memórias e gestos que não lhe pertencem? Na interdição da atuação, a performance continua? Como sintoma? Como travessia? Como fadiga que se converte em presença cênica? O que é o personagem? O que significa atuar? O que representa o ator?