Half Brother
Sandra's 16 and her mother's been missing for days. As her problems build up, she seeks out her half-brother Jorge, they’ve had little contact. When she finds him, he’s being threatened not to leak a video he made of a homophobic attack on a friend he’s secretly attracted to.
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Eliane CosterDirector
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Eliane CosterWriter
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Rogério ZagalloProducer
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Roberto Eiti HukaiCo Producer
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Natália MolinaKey Cast"Sandra"
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Diego AvelinoKey Cast"Jorge"
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Francisco GomesKey Cast"Wilson"
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Dico OliveiraKey Cast"Rui"
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André AndradeKey Cast"Filé"
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Eduarda AndradeKey Cast"Giovana"
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Tarsila AraújoFirst Assistant Director
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Cleisson VidalDirector of Photography
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Roberto Eiti HukaiArt Director
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Cris AlvesProduction Manager
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Fernando CosterFilm Editor
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Alfredo GuerraSound
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Satelite AudioOriginal Music Soundtrack
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Iraci De JesusCostume Designer
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Project Title (Original Language):Meio Irmão
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Project Type:Feature
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Genres:Drama, Urban, Adolescence, Family, Racism
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Runtime:1 hour 38 minutes
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Completion Date:March 6, 2018
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Production Budget:400,000 USD
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Country of Origin:Brazil
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Country of Filming:Brazil
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Language:Portuguese
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Shooting Format:Digital 2K
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Aspect Ratio:16:9
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Film Color:Color
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First-time Filmmaker:Yes
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Student Project:No
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Mostra Internacional De Cinema De São PauloSão Paulo
Brazil
October 19, 2018
Premiere
"Best Brazilian Fiction Feature Film" (audience award) and "Best Film by First-Feature Director" (by the Brazilian Association of Film Critics) -
Festival Internacional de Cinema da FronteiraBagé
Brazil
November 30, 2018
"Best Actress" for Natália Molina -
Ficsur - Festival De Cine Del SurTierra del Fuego
Argentina
March 16, 2019
Argentinean Premiere
Official Selection
Distribution Information
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O2 PlayCountry: BrazilRights: All Rights
Eliane é formada em cinema pela ECA-USP e trabalhou durante quinze anos como fotógrafa para algumas das principais publicações do mercado editorial brasileiro (entre elas, os jornais Valor Econômico e Agora São Paulo e as revistas Caras, Boa forma, Veja São Paulo e Nova Escola). Paralelamente realizou quatro exposições de fotografia com trabalhos autorais.
Realizou cinco dos sete curta-metragens com verba obtida por meio de premiação em editais de incentivo ao curta-metragem e ao documentário. Todos os seus filmes foram exibidos em festivais do Brasil e exterior e alguns obtiveram importantes prêmios tais como Melhor filme para "Super Oldboy", no Festival de Gramado (Brasil) em 2016, e Melhor Documentário para "São Paulo Além das Horas", no CineRail (França) em 2010.
Nos seus filmes, Eliane tem como um dos principais questionamentos a vulnerabilidade humana frente a realidade concreta que a envolve. Seus personagens são, via de regra, ligeiramente deslocados em relação ao comportamento convencional e padronizado da sociedade e, por essa razão, reagem de forma sempre inusitada. Apesar de tratar de temas densos dos indivíduos e complexos da sociedade, as narrativas são permeadas de humor, ironia e irreverência.
Professora no curso de Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos, concluiu o doutorado na UNICAMP. Meio Irmão marca a estreia de Eliane Coster na direção de longas metragens.
Meio Irmão começou a ser gestado no ano de 2008 na ocasião de meu retorno a São Paulo após quatro anos morando no Rio de Janeiro. A distância da cidade em que nasci e cresci e mais o fato de ter uma filha de 12 anos na época, me proporcionou um olhar diferente para a realidade da cidade e os conflitos da juventude neste meio urbano contemporâneo. Para esta juventude que cresce nas cidades gigantescas dos países em desenvolvimento, já é designado o papel de peça na engrenagem agressiva do consumo e de uma mídia que o alimenta. O espaço da individualidade, a capacidade de intervir na sociedade torna-se intangível, e por isso mesmo, relegado ao lugar do impossível. Ruíram os modelos de sociedade que prometeram a felicidade e a igualdade entre os povos. A falta de esperança no futuro, o descrédito nas instituições democráticas que substituíram a antiga organização familiar, levam estes jovens a uma grande distopia. O que resta por enquanto é um estado de suspensão, uma espera eterna por algo que ainda não está no horizonte, que ainda pertence à geração anterior como perda e nostalgia.
As reações dessa juventude que se instala na lacuna, na incerteza, puderam ser vistas nas manifestações que tomaram as ruas brasileiras em 2013, mas que se dispersaram na mesma velocidade com que surgiram, evidenciando sua condição efêmera.
O filme pensa, portanto, este estado de suspensão, um estado emocional no qual as personagens são obrigadas a conviver com a falta de explicação e, consequentemente com a impossibilidade de ter o controle sobre suas próprias realidades. É um estado angustiante onde é impossível projetar o futuro, porque o ponto de partida é uma incerteza.
Esse estado de suspensão é parte do que vivemos hoje em dia no mundo. O esgotamento do meio ambiente, o crescimento de novos totalitarismos, a enorme distância entre as esferas de poder e o cotidiano das pessoas afetam profundamente os indivíduos. As ações dos personagens reverberam esta situação e os sentimentos que ela suscita: medo, angústia e vulnerabilidade, mas também compaixão, desejo e lucidez.
A trama surgiu do desejo de abordar as lacunas que se instalam no íntimo dos indivíduos que convivem em ambientes urbanos altamente competitivos, cada vez mais virtuais e com grandes desafios sociais. Apesar de a estória abordar questões gerais, o foco recai sobre o universo adolescente de classe média baixa que vive nas grandes metrópoles de países em desenvolvimento (mais especificamente São Paulo). Este é um grupo de pessoas que tem sido pouco retratado pelo cinema brasileiro, mas que representa um enorme contingente sob pressão social. Ao trazer este grupo para o centro da trama, o filme dá visibilidade a questões específicas, tais como a violência urbana, a falta de espaços de convívio na periferia, o difícil exercício das sexualidades e o sutil constrangimento racial.
A vigilância através das câmeras de segurança também é apresentada e discutida pelo filme como um elemento que figura no limite entre a demanda por melhores ferramentas para combater a violência e a perversão pelo controle do comportamento dos cidadãos.
Abordar questões que afetam as pessoas cria um lugar para a identificação e gera reflexão sobre os temas apresentados, além de se constituir como um espaço da criação artística, fazendo surgir questões que, muitas vezes, ultrapassam até mesmo a proposta inicial.