Experiencing Interruptions?

Wilding Country

Agreste is a love story in the Brazilian backlands. Etevaldo, a rural worker, is a lonely and reserved man, who moves to the village of Vargem Velha. There, he meets Maria, a young woman with a free spirit, but promised in marriage to a man in the neighborhood. They both fall in love and run away. They are welcomed by Valda, a deeply religious lady, who sees Maria as her daughter. When an alleged kidnapping comes under investigation in the region, bringing forth secrets, they’re forced to confront oppression and intolerance.

  • Sergio Roizenblit
    Director
    O Milagre de Santa Luzia
  • Newton Moreno
    Writer
  • Marcus Aurelius Pimenta
    Writer
    Maria do Caritó
  • Ricardo Mordoch
    Co-Diretor
    Contos de Obituário
  • Gustavo Maximiliano
    Producer
    Racionais: From The Streets of São Paulo, The Firm Stitch
  • Viviane Rodrigues
    Producer
    The Firm Stitch, The Tone of The City
  • Sergio Roizenblit
    Producer
    O Milagre de Santa Luzia
  • Aury Porto
    Key Cast
    "Etevaldo"
    Acqua Movie, Cordialmente Teus
  • Badu Morais
    Key Cast
    "Maria"
    August Sky
  • Luci Pereira
    Key Cast
    "Valda"
    Que Horas Ela Volta?, Narradores de Javé
  • Jaedson Bahia
    Key Cast
    "Ribamar"
    Sob Pressão (TV series), The Incredible Hulk (stunt)
  • Roberto Rezende
    Key Cast
    "Matias"
    O Rei da TV (TV series)
  • Mohana Uchôa
    Key Cast
    "Nitinha"
    Piedade, Azougue Nazaré
  • Laura Carvalho
    Production Designer
    Death Corner, Abraço, Demain si j'y suis
  • Humberto Bassanelli
    Director of Photography
    My Punkle
  • Diana Moreira
    Wardrobe
    Longe do Paraíso
  • Mari Figueiredo
    Make up
    Um Animal Amarelo, Sem Seu Sangue
  • Olivia Brenga
    Editing
    Bixa Travesty, 3% (TV series)
  • Dante Ozzetti
    Music
  • Nicolau Domingues
    Sound design
    Camocim, Curral
  • Phelipe Joannes
    Sound Mixer
    Avenida Brasília Formosa
  • Pedro Garcia
    Sound Mixer
  • Project Title (Original Language):
    Agreste
  • Project Type:
    Feature
  • Runtime:
    1 hour 41 minutes 19 seconds
  • Completion Date:
    March 31, 2023
  • Production Budget:
    750,000 USD
  • Country of Origin:
    Brazil
  • Country of Filming:
    Brazil
  • Language:
    Portuguese
  • Shooting Format:
    Digital 4K
  • Aspect Ratio:
    16:9
  • Film Color:
    Color
  • First-time Filmmaker:
    No
  • Student Project:
    No
  • Cine PE Festival Audiovisual
    Recife, Pernambuco
    Brazil
    September 6, 2023
    World Premiere
    Best Picture (Popular Jury); Best Supporting Actress (Luci Pereira); Best Supporting Actor (Roberto Rezende); Best Cinematography (Humberto Bassanello); Best Screenplay (Newton Moreno and Marcus Aurelius Pimenta)
Distribution Information
  • Pandora
    Distributor
    Country: Brazil
    Rights: All Rights
Director Biography - Sergio Roizenblit

Sergio Roizenblit has been a documentary filmmaker since 1988 whose diverse creation includes works exhibited in art spaces, like Rede de Tensão (Bienal de São Paulo). His first feature documentary, The Miracle of Santa Luzia (2009) was awarded at Festival de Brasília, resulting in the namesake TV series with 3 seasons, a panorama of Brazilian popular music. He also directed the doc feature “Cuban Doctors” and the doc series "Architectures”, “BR3” and “Habitar”, among others. As a cinematographer he did the feature “Second Half”. "Wilding Country" is his debut as a director in fiction feature.

* * *

Sérgio Roizenblit é documentarista desde 1988, cuja criação diversificada inclui trabalhos exibidos em espaços de arte, como Rede de Tensão (Bienal de São Paulo). Seu primeiro documentário de longa-metragem, O Milagre de Santa Luzia (2009) foi premiado no Festival de Brasília, resultando na série homônima com 3 temporadas, um panorama sobre a música popular brasileira. Ele também dirigiu o longa documental “Médicos Cubanos” e as séries documentais “Arquiteturas”, “BR3” e “Habitar”, entre outras. Como diretor de fotografia, fez “Segundo Tempo”. “Agreste” é sua estreia na direção de longa-metragem de ficção.

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Director Statement

Director’s Statement - Sérgio Roizenblit

Wilding Country is a conflict film that pits religious and moral intolerance against a story of love and freedom. Its setting is the Brazilian hinterland, so favoured in classic Brazilian cinema, but here cast as a transitional space, both for the landscape and its characters. The “Wilding Country” has the hinterland’s inclement
weather, but the more gentle nature of the coastal forests. Gay men and women are known there as “wilding people”.

The film follows a couple in love who break the shackles tying them to stifling tradition and escape into the Wilding Country. Their love is at first tolerated until its difference strikes a chord: this is a love story between a woman and a man with a vagina. Difference is then met with intolerance as people are loath to accept unconditional love.

The plot contrasts purity and innocence, intimacy and the discovery of new forms of love, to intolerance, violent prejudice and fanaticism. These themes transform the film into a parable set in Wilding Country which bespeaks nonetheless of modernity,of the present, and of any other space.

I put in perspective a runaway couple (as Glauber Rocha in Black God, White Devil), a lonely man (as Wim Wenders in Paris Texas), a refugee in a hostile environment (as Marcelo Gomes in "Cinema, Aspirins & Vultures") and a man who keeps his own body as a
secret from a prudish society, to preserve his existence (as Srdjan Karanovic in Virdzina). My aim now is to make the movie as universal as this theme may be.

***

Nota do Diretor - Sergio Roizenblit

Agreste é um filme que narra o conflito entre a intolerância religiosa e moral e uma história de amor e liberdade. Seu cenário é o sertão do Brasil, tão preferido do cinema clássico brasileiro, mas aqui retratado como um espaço de transição. O Agreste é uma das regiões do país que se manteve culturalmente intocada, mas como um lugar de extremos, com clima inclemente, uma natureza rude e pessoas fortes, ele também preserva o seu potencial de transformação.

Um casal quebra as correntes que os atam à uma tradição sufocante e foge para o Agreste. Seu amor é tolerado a princípio até que sua diferença soe um alarme: esta é uma história de amor entre uma mulher e um homem trans. A diferença faz face então à intolerância quando as pessoas relutam em aceitar um amor incondicional. O contraste é construído desde a pureza e a inocência, à intimidade e à descoberta de novas formas de amor, à intolerância, ao preconceito violento e ao fanatismo. Esses temas formam a base do enredo e transformam o filme em uma fábula ambientada no ermo Agreste, que no entanto remete também à modernidade, ao presente e a qualquer outro espaço.

Sinto-me atraído pela ideia de jogar com a estrutura da peça teatral original de uma forma cinematográfica. Casas e móveis foram usados como eles foram encontrados no local, como o barraco onde o casal desfruta de sua felicidade efêmera, que participa no enredo do cenário em todas as suas diferentes fases. Uma cenário visual aparentemente anacrônico contrasta com a paisagem expandida: uma dádiva para a cinematografia do filme. Eu faço uso de um plano vertical incomum, de uma distância muito acima da paisagem, como o ponto-de-vista de Deus dos personagens de um meio estéril e vazio. A paisagem é portanto um personagem do enredo, como já foi utilizada antes, tanto no Cinema Novo brasileiro como por diretores como Lars von Trier (em Ondas do Destino, outro filme que contrasta a intolerância religiosa e cultural ao amor incondicional).

Os diálogos são curtos mas afiados, o dialeto do Agreste é repleto de simbolismo e eloquência. Sou a favor da linguagem visual e da poesia dos gestos. Um exemplo é a sequência inicial quando os protagonistas se encontram. Eles se apaixonam por encantamento, deixando pequenos presentes de um para o outro na cerca que os separa. Optei por retratar toda essa sequência de eventos: o encontro dos amantes, sua entrega ao amor, e sua fuga, sem palavras, em linguagem puramente cinematográfica.

Eu queria contar uma história explorando os contrastes que o sol escaldante proporciona quando atinge a terra, e ao mesmo tempo honrar a humanidade das casas simples em uma paisagem inóspita. Essa é a razão pela qual a cena de fuga para o Agreste nos lembra de filmes como Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, embora aqui o tema é mais amplo do que a crueza da vida, pois revela a relação entre um ambiente árido, tanto natural quanto social, e uma história de amor invencível.