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Rosa dos Ventos
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Alexandre Guedes de SousaWriter
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Project Type:Screenplay
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Country of Origin:Portugal
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Language:Portuguese
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First-time Screenwriter:No
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Student Project:No
BIOGRAFIA
Alexandre Guedes de Sousa
Terminou com distinção, o mestrado em cinema pelo Raindance Film Institute, acreditado
pela Universidade de Staffordshire, no Reino Unido, tendo como objeto de estudo a
realização cinematográfica e a escrita para áudio-visual.
O seu projeto de estreia como realizador, criador/guionista e produtor - Oysters, uma
tragicomédia centrada na cidade de Londres em formato episódico para a Internet,
encontra-se presentemente em pós-produção, com o lançamento dos 14 episódios da
primeira temporada previsto para breve.
Estreou-se como ator profissional em Janeiro de 1996 com a peça Woyzeck, de Georg
Buchner com a companhia Os Sátyros, no Teatro da Trindade, em Lisboa.
Trabalhou em diferentes companhias como ator, destacando-se o Centro Dramático de
Évora, Acto – Instituto de Arte Dramática, Teatro O Bando, Joana Teatro, entre outras.
Trabalhou com diferentes encenadores, tais como António Mercado, Filpe Pereira, Helena
Botto, Iva Sveshtarova, Gil Nave, Pierre Etienne-Heymann, Gregg Masuak, Mário
Barradas, Suzete Bragança, Ana Mourato, João Brites, Maria João Miguel, Vera Mantero
e Rodolfo Garcia Vázquez. Trabalhou textos como A Dança da Roda, de Arthur Schnitzler,
A Venda do Pão, de Bertolt Brecht, As Artimanhas de Scapin, de Moliére, Hamlet-
Machine de Heiner Müller. Teve a oportunidade de atuar em diferentes salas como o
Teatro Garcia de Resende, Teatro Nacional D. Maria II, Centro Cultural de Belém, Teatro
Helena Sá e Costa, Teatro Rivoli, em Portugal. Internacionalmente, trabalhou em espaços
como Maison Maria Casarés em França ou o Theatre 503 e o Ritzy Theatre no Reino
Unido. Também atuou na Tunísia no Centre des Arts Dramatiques et Scèniques du kef e
no WUK em Viena, Austria.
Em teatro, dirigiu Como Anjos Pendurados, de Catarina Aídos, pelo Acto – Instituto de
Arte Dramática e Lisístrata, de Aristófanes, pela Companhia de Teatro da Universidade
Lusófona. Foi membro da direção do Acto – Instituto de Arte Dramática.
Experimentou várias metodologias de trabalho e treino do ator (como também diferentes
estéticas e espaços de atuação - convencionais, alternativos, rua, entre outros): a
metodologia das acções físicas e as disciplinas de treino do atuante desenvolvido pelo
Workcenter de Jerzy Grotowsky - Pontedera, no Acto. Trabalhou a metodologia naturalista
a partir de Stanislavski na procura das ações contidas no texto; técnica de clown; o Teatro
Épico de Brecht, Técnica de Meisner, entre outras. Treinou atores profissionais e deu
aulas de expressão dramática.
No setor áudio-visual, trabalhou como ator em séries como, Deixa-me Amar, Raia dos
Medos, no telefilme Amor Perdido, e em diversas produções independentes como Knight
Knight, Baby Boom, Noites em Que Tudo Corre Mal, Late Night e Torpor. Trabalhou com
os realizadores Jorge Paixão da Costa, Christina Bucher, Jorge Queiroga, João Paulo
Simões e Pedro Baptista. Foi produtor associado de Streaming de João Paulo Simões, e
trabalhou na produção de Knight Knight de Christina Buchner.
Para além do Português, trabalhou também em Inglês, Francês e Castelhano - teve a
oportunidade de trabalhar em alguns países estrangeiros, com diretores e colegas de
diferentes nacionalidades, como ator e como assistente na direção de workshops. Para
além do Mestrado em cinema atrás referido, na a sua formação artística destacam-se o
Curso de Formação Teatral pelo Centro Cultural de Évora, o curso Guionismo e
Comunicação Visual, por Manuel Arouca, entre vários workshops. É licenciado em
Publicidade pela Escola Superior de Marketing e Publicidade do IADE.
Inicialmente idealizado como uma curta, este projeto estendeu-se na direção de uma longa metragem onde, para além da questão de identidade e do confronto entre realidades alternativas, elementos multiculturais Lusófonos imperam. A imagem de uma Rosa dos Ventos sugere a busca de um caminho, real ou imaginário, na procura da nossa própria identidade.
Nesta narrativa não-linear, a veracidade da história de uma mulher presa a uma cadeira de rodas – Rosa – é progressivamente posta em causa, sendo-nos revelada a real condição desta personagem no fim. O mundo interior desta mulher, e a sua lenta recuperação de um acidente de viação, confundem-se com as suas memórias, elas próprias questionáveis. Paralisada e em estado vegetativo, o seu cérebro organiza uma vivência alternativa, contrastando com a realidade em que esta se encontra.
Dois tons distintos abordam as diferentes cenas desta narrativa. Um onírico – a realidade construída por esta mulher – onde a luz impera, e um outro - o real – onde uma luz ténue reflete a realidade negra em que ela se encontra.
Determinados objetos e adereços – uma bússola, um radio antigo de madeira, um ramo de rosas, entre outros – são transportados pelo imaginário desta protagonista de um universo para outro. Estes objetos podem ser vistos em diferentes momentos destas duas histórias paralelas, sendo determinantes para o desenrolar do enredo.
O mesmo se passa em relação às outras personagens: Elas revelam personalidades distintas – sobretudo o Homem – servindo a perspectiva e o imaginário de Rosa.
A narrativa levanta a questão da identidade. Quem realmente somos e quem gostaríamos de ser. Uma Rosa dos Ventos que nos guia desde o ponto em que nos encontramos como indivíduos e as diferentes direções que a nossa vida – e a nossa vivência interior - podem tomar.