Rio Casca Mon Amour
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Rita BoechatDirector
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Rita BoechatWriter
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Rita BoechatProducer
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Gláucio VieiraProducer
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Project Title (Original Language):Rio Casca Mon Amour
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Project Type:Documentary, Experimental
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Runtime:56 minutes
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Completion Date:July 1, 2024
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Country of Origin:Brazil
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Country of Filming:Brazil
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Language:Portuguese
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Shooting Format:Digital
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Aspect Ratio:2,35:1 scope
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Film Color:Black & White and Color
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First-time Filmmaker:Yes
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Student Project:No
Rita Boechat é graduada e mestre em Ciências Sociais pela PUC-Minas e possui formação técnica em cinema pela Escola Livre de Cinema de BH. Realizou, direção de fotografia no curta-documentário O Pedaço de seu Fim, dirigido por Miriam Avelino, Breno Teixeira e Letícia Souza, selecionado no Cinedocumenta – 9ª Mostra de Cinema Documentário de Ipatinga 2011; montagem e fotografia no curta-documentário O Invisível não Existe, apresentado no projeto Cidades Invisíveis Belo Horizonte/Buenos Aires 2012; assistente de direção e continuísta no curta A Batalha das Colheres, direção Fabiana Leite - Edital Carmen Santos 2015; continuísta no longa Foro Íntimo, direção Ricardo Mehedff - distribuição Embaúba Filmes 2016; como produtora, integrou a equipe do filme Sessão Bruta ganhador do Prêmio Barroco de Melhor Filme na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes 2022. Foi coordenadora, curadora e produtora da Mostra de Cinema Feminista entre 2015 e 2021, juntamente a outras mulheres que integravam a Coletiva Malva. Programadora no cineclube Cine Estrela situado na ocupação cultural Espaço Comum Luiz Estrela BH, 2014-2020. Produtora no festival de cinema 8º Cine Cipó 2019 e na mostra de cinema Cine Voante: Cinema Itinerante por BH 2024. Já teve projetos aprovados e concluídos pela Lei de Incentivo à Cultura e pela Lei Aldir Blanc. Foi parecerista no âmbito de análise técnica de projetos na área de audiovisual pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas e pela Secretaria Extraordinária de Cultura Fundação José Augusto Rio Grande do Norte. Em 2024, montou, dirigiu e roteirizou seu primeiro filme Rio Casca Mon Amour, documentário experimental em média-metragem com imagens de arquivo. Apresentou o paper, O acervo da ARCA num filme qualquer, no Seminário Internacional Arquivo/Contra-Arquivo: política e migração das imagens, no CPDOC-FGV, Rio de Janeiro, 2024. Atualmente está como Bolsista de Desenvolvimento em Ciência, Tecnologia e Inovação atuando em audiovisual e memória no departamento Diretoria de Divulgação Científica (DDC-PROEX), Projeto de Extensão Centro Virtual de Memória da Extensão (CEVEX), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Rio Casca é uma cidade qualquer, de onde é colhido o material de arquivo que apresenta marcos fundantes de composições das cidades, evidenciando a repetição de sua história arquivada em intersecção com as demais. Primeiros colonizadores, fundação da cidade, religiosidade, o progresso nacional, valores civilizatórios, saúde, educação, epidemia, carnaval, futebol, os signos colonizadores, a ordem cívica, a família mineira, os milicos sempre presentes, dentre outros aspectos estruturantes, endossados e sabidos de cór, do que diz a história oficial. Rio Casca Mon Amour desenvolve, a partir do acervo textual, fotográfico e audiovisual da Associação Amigos de Rio Casca (ARCA), um filme de arquivo a partir de uma perspectiva antidocumentária que aborda as repetições arquiológicas contida nos arquivos públicos, proferida pelos guardiões e seletores da memória, como sintoma do vazio do que poderia vir a ser uma possível reminiscência histórica. Essa pulsão em arquivar automaticamente as mesmas escrituras, os mesmos eventos corroborados, oferece a experiência do filme mudo, quando se torna impossível remontar a história ou quando não aguentamos mais ouvir a mesma ladainha. A história oficial escrita aparece no filme, para o espectador, como um fantasma, refletido na grande falta antepassada da violência arquivada. O filme tenta, nas imagens e na relação delas com o texto, mostrar que é possível conduzir alguma elaboração com esse passado. É como se, de forma não patológica, a montagem das imagens criasse lembranças para um processo de elaboração, no cinema, da formação das cidades; do literal para o figurativo.