Ervilha

A portrait of the people who work the land in Ervilha, a private land, left abandoned in one of the wealthiest neighborhoods in Porto: Foz do Douro.
Ervilha faces the same threat our world faces: to be destroyed in the name of progress. A new avenue is planned and will destroy the area that feeds many.
With a small step we leave the usual roaring traffic, and a different kind of noise is heard: birds, streams and people talking in distance. This place gives the elderly and the young a lease of life and generates the air we so dearly need.

  • Teresa Mendonça
    Director
  • Teresa Mendonça
    Producer
  • Ernesto dos Santos
    Key Cast
  • Jorge Veiga
    Key Cast
  • Joaquim Brás
    Key Cast
  • Ana Oliveira Pinheiro
    Key Cast
  • Pierre Roxon
    Music
  • Project Title (Original Language):
    Ervilha
  • Project Type:
    Documentary, Short
  • Genres:
    nature documentary
  • Runtime:
    11 minutes 30 seconds
  • Completion Date:
    August 31, 2023
  • Production Budget:
    100 EUR
  • Country of Origin:
    Portugal
  • Country of Filming:
    Portugal
  • Language:
    Portuguese
  • Shooting Format:
    Digital
  • Aspect Ratio:
    16.9
  • Film Color:
    Color
  • First-time Filmmaker:
    Yes
  • Student Project:
    No
Director Biography - Teresa Mendonça

I was born in Porto and later moved to Lisbon to study Communication Sciences and Screenwriting. Now back in my hometown, I'm always on the lookout for new stories to tell, usually finding them in unexpected and hidden places.

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Director Statement

Iniciei este projeto com o intuito de captar as pessoas que trabalham a terra na Ervilha, por ser um ambiente tão único.
Tendo crescido na Foz do Douro, até aos meus 19 anos, a estudar a poucos minutos destes campos, foram-me transmitidas superstições e avisos em relação à Ervilha. Aconselhavam-nos mesmo a não entrar lá, pois algo de mau podia acontecer. Quando decidi ignorar estes murmúrios, encontrei um lugar especial, um resquício do campo, numa zona da cidade do Porto que teima em evoluir. Para quem está cansado de ver obras, andaimes e prédios de luxo a serem construídos, basta dar alguns passos para entrar num mundo à parte. Estando sentada na Ervilha a falar com os hortelões, esquecemo-nos que o mar e a marginal estão a escassos minutos a pé, sem ser pelo barulho das gaivotas que pairam no céu.
Movida pela curiosidade e fascínio, decidi documentar este lugar. No início, fui timidamente aparecendo pelos campos, até decidir pôr conversa com os hortelões. Fui recebida com calor e amizade e muitas vezes saí de lá com sacos cheios de fruta e vegetais. Não demorou muito até os hortelões me contarem da construção da avenida, que em breve irá destruir estes campos. Já tinha ouvido falar desta obra, mas sempre que era mencionada, foi com descrença, uma vez que estava a ser planeada há cerca de 100 anos.
Por coincidência, pouco antes de começar a gravar, foi publicada a notícia de que a avenida vai em frente. Neste momento tornou-se clara a urgência de finalizar este projeto, como forma de mostrar o que se poderá perder. Um alerta, esperando que estes campos, não se tornem apenas numa memória, mas continuem a ser um local de partilha, onde o campo e a cidade estão em harmonia.